Nas últimas semanas, um projeto de lei gerou muita polêmica aqui na cidade. O intuito do projeto era o de “fiscalizar” licitações, cartas convite, entre outros, do poder executivo. A ideia era que a prefeitura da cidade enviasse à Câmara Municipal, com quinze dias de antecedência, todos os documentos referentes aos processos. Será mesmo que a intenção era ajudar ou ter um executivo na mão?
Pois bem, não sei se os moradores sabem, mas todos os processos de licitação são públicos. Qualquer pessoa pode ir até a Prefeitura da cidade e solicitar os documentos que desejar. Além disso, as sessões se licitação também são públicas. Eu, inclusive, já acompanhei muitas, e em nenhuma delas eu encontrei algum vereador, pelo menos não da atual legislatura.
Que o executivo precisa ser bem fiscalizado não há sombra de dúvidas. Eu concordo totalmente, mas se não é, o problema não é a falta de leis para isso, pois já existem sim, inclusive em âmbito nacional. Precisamos é de vereadores que não tenham preguiça e usem o povo como massa de manobra com fins eleitoreiros e interesses próprios. Precisamos de mais vereadores que estejam de verdade ao lado da população.
Além disso, antes de querer mudar o mundo, precisamos mudar a nossa própria casa, não concordam? E eu pergunto a vocês, quem é que fiscaliza o legislativo? Afinal de contas, o Presidente da casa, Rubens Fernandes, o Rubão (PSD) encheu a boca para dizer que cartas convites poderiam ser facilmente fraudadas, durante seu discurso raivoso no plenário, onde chegou até a mostrar o dedo do meio para um colega e proferir palavras de baixo calão, mas durante seu mandato de Presidente em pouco mais de um ano, realizou diversas Cartas Convites pela Câmara da cidade. Isso não seria, no mínimo, hipocrisia?
Portanto, meus caros leitores, antes de concordar com leis, que as vezes parecem ser muito boas, e eu repito que o executivo deve ser fiscalizado sim, mas devemos nos atentar em pessoas que querem apenas ganhar com o poder.