Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Ribeirão Pires desta última quinta-feira (30), uma mulher identificada como Bárbara Machado Souza foi até a tribuna falar sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Bárbara no entanto, acabou usando o espaço para comentar sobre sua opinião em relação sexualidade das pessoas:
“Nós nascemos da união de um homem com uma mulher, e nós temos um sexo. Se nós adultos temos dificuldade em lidar com a nossa sexualidade, quem dirá uma criança. Em muitos países já não se falam menino ou menina, o termo utilizado é iT, coisa. Se eu sou algo, sou uma coisa, então significa que se eu quiser fazer sexo com um cachorro, isso é natural, ou se eu decido na minha cabeça desconstruída, cheia de imagens e informações desconstruídas, se eu decidir fazer sexo com cadáveres, isso é natural. A ideologia de gênero propõe muito mais do que fazer sexo com uma outra pessoa do mesmo sexo. Então se eu sou um adolescente de 14 anos e aprendo que sou uma coisa e vou construir a minha sexualidade, então se eu quiser fazer sexo com um bebê, isso é normal.”
Imediatamente a munícipe foi interrompida pelo Vereador Edson Savietto (PPS), que começou a questioná-la sobre a base da discussão proposta naquele momento, já que a mulher sequer teria sido inscrita na Tribuna Livre e foi chamada a pedido do Vereador Silvino de Castro (PRB).
“Me desculpe, mas foi um absurdo o que você falou aqui, as suas palavras foram as mais absurdas que eu já ouvi nesta Câmara, nesse tempo todo que estou aqui. Você está levando ódio para a sociedade e ainda está chamando os homossexuais de pedófilos, isso foi um absurdo”, Disse Banha.
Entretanto, logo depois da fala do vereador, a mulher tentou rebater dizendo que não teria afirmado nada do que o parlamentar havia relatado e que haviam a interpretado mal.
Como o clima estava ficando muito quente, o presidente da câmara, Rubão Fernandes (PSD), decretou o final da discussão ao alegar que aquilo não era um debate e que a moça havia ultrapassado alguns limites.
No momento em que se retirava, a moça convocou os presentes para debaterem sobre o assunto, mas teve grande rejeição por parte dos que acompanhavam.
Para Rafael Ventura, presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual (COMADS), a fala da mulher é completamente homofóbica. “O COMADS repudia este tipo de atitude. É extremamente triste ver que esse tipo de pessoa, ainda tenha o espaço para disseminar ódio e a discriminação. Para mim, uma pessoa como essa é desequilibrada e precisa de ajuda profissional, não existe outra explicação para odiar tanto alguém que você nem conhece, apenas por ser ou pensar diferente de você.”, lamentou Ventura, que também informou que o conselho deliberará na próxima semana sobre a abertura de uma possível ação criminal contra Machado.