O dia 8 de março tem um significado muito forte para todas as mulheres no mundo, afinal, este dia representa centenas de anos de luta contra a desigualdade entre gêneros, mas o dia em específico é apenas uma data simbólica, pois, nem mesmo as histórias em relação aos motivos são bem concretas. Mulheres morreram sim, carbonizadas em uma fábrica têxtil em 25 de março de 1911. Foram 130 mortes no total. Desde então, as lutas se intensificaram, e inúmeras datas passaram a oficializar a luta e, posteriormente, cada conquista das mulheres.
Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.
O Diário de Ribeirão Pires entrevistou três mulheres com cargos de destaque na região, para saber como elas reagem ao Dia Internacional da Mulher. A Primeira Dama de Ribeirão Pires, Flávia Dotto, a Vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Marilza Aparecida de Oliveira Silva e a Capitã da Polícia Militar, Graziela Bazilli. Reunidas, elas conversaram e comentaram a respeito da pauta.
“É uma data especial sim, mas a valorização da mulher tem que acontecer todos os dias. Temos múltiplas funções e isso demanda uma carga muito pesada sobre nós. Temos o trabalho, os filhos, família. Acredito que a valorização deva ser sequencial e não somente em datas como essa”.
– Disse a Primeira Dama, Flávia.
A Capitã da Polícia Militar, Graziela Bazilli, disse que “infelizmente ainda é necessário comemorar essa data, pois ainda há muita luta e muitas conquistas a serem adquiridas”.
“Acredito que chegamos ao meio do caminho. Agora, a sociedade como um todo deve ser educada, fortalecida e principalmente os homens, para receberem a mulher forte e que tem poder, para acabarmos com a desigualdade, por exemplo, no trabalho onde uma mulher ganha em média 30% a menos que o homem”.
Enfatizou a Capitã, finalizando que “deveríamos comemorar o dia do ser humano”.
A Vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Professora Marilza, pediu para que as mulheres fizessem um momento de reflexão sobre todas as coisas já conquistadas, e que ainda precisam ser adquiridas.
“A mulher tem um papel fundamental na sociedade; somos mães, empreendedoras, professoras, e precisamos saber nosso valor, e com isso, a valorização da sociedade como um todo”.
– Finalizou a Vice-prefeita.
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