Durante o ano de 2016, o DiárioRP fez diversas denúncias sobre possíveis irregularidades que poderiam estar acontecendo e lesando os cofres de Ribeirão Pires. Já em 2017, uma série de novas fraudes podem ter sido descobertas.
Desta vez, trata-se do Serviço Funerário Municipal. Em boletim de ocorrência registrado pela Procuradora do Município, Maristela Antico Barbosa Ferreira, logo no início do atual mandato foram constatadas possíveis fraudes em licitações. De acordo com o documento, a gestão passada sob o comando do então Prefeito Saulo Benevides (PMDB), contratou serviços de seis veículos da empresa “Juquitiba”, que acabou ficando responsável pela preparação para sepultamento dos cadáveres.
Contudo, a empresa passou a prestar outros serviços dentro do Velório Municipal, extrapolando o que teria sido acordado. Segundo a Procuradora, em depoimento à Polícia Civil, a “Juquitiba” passou a tomar conta de todo o setor, vendendo urnas funerárias e a atender pessoas que procuraram pelos serviços do local, com isso, estariam lesando os cofres públicos já que, tais serviços, são de exclusividade do Executivo Municipal.
A Procuradora ainda vai além e aponta outras possíveis irregularidades. A empresa “EDEN” também estaria prestando serviços dentro do Velório Municipal, entretanto, esta não teria nenhum vínculo contratual com a Prefeitura, havendo indícios de ambas empresas, EDEN e Juquitiba, serem do mesmo proprietário.
Mas estes, talvez, não sejam os únicos problemas que o sistema funerário de Ribeirão Pires enfrenta. Segundo informações de funcionários do Paço Municipal, alguns corpos estariam sendo enchidos com água para que a empresa pudesse cobrar, posteriormente, taxas extras das famílias dos mortos, alegando vazamento dos corpos. Sindicâncias internas estão investigando as possíveis irregularidades para que, de fato, descubram o que está ocorrendo dentro do Velório Municipal.
Outras Denúncias
O DiárioRP, em junho do ano passado, denunciou que outro golpe estaria ocorrendo no Velório Municipal. À época, um munícipe entrou em contato com a reportagem do jornal para informar que o caixão entregue aos familiares era diferente e de qualidade inferior daquele que tinha sido pedido. A empresa responsável era a Fratelli Funerária.
Ainda segundo o denunciante, a mesma pessoa que oferecia os serviços públicos, negociava os preços do serviço privado. O informante ainda foi além e contou que a empresa não emitia notas fiscais e não possuía CNPJ. Na ocasião, a Prefeitura da cidade não se manifestou sobre o caso.