A escola Paulo Freire, desde a inauguração, formou muitos profissionais e ajudou famílias a superaram crises e mudarem os rumos. No entanto, os professores tiveram de cruzar os braços por falta de pagamento.
“Uma das coisas que mais nos chateia é que falta apenas um mês para várias turmas se formarem, mas, por conta da falta de pagamento do nosso salário, nós tivemos de paralisar os serviços. São turmas de muitos cursos que serão prejudicadas.”
– Disse um professor que preferiu não se identificar.
O motivo pela falta de pagamento? De acordo com o educador, é que a Prefeitura estaria alegando que por conta de dívidas dos professores com o Executivo, os salários estariam bloqueados.
“Uma funcionária da Secretaria de Assistência Social avisou que nós não receberíamos o salário porque temos dívidas com o Paço Municipal, só que no ato da nossa contratação, não nos avisaram de nada. Nós informamos que paralisaríamos os serviços e nos disseram que contratariam outros professores.”
– Contou um professor que ainda garantiu que nenhum contrato foi assinado entre as partes, ele apenas emitia notas pela prestação de serviços.
O DiárioRP consultou advogados para saber se a pratica que teria sido imposta pela Prefeitura tem base legal.
“Ao meu ver, isso é ilegal. Somente se a Prefeitura tem um parecer judicial que garanta o congelamento do salário. No entanto, sem um acordo entre as partes não se pode descontar nada do salário do funcionário ou do prestador de serviços.”
– Esclareceu Dr. Patrick Pavan.
A reportagem do jornal procurou pelo Executivo Municipal para obter maiores esclarecimentos, mas não obtivemos nenhuma resposta.