O Corinthians vive uma grave crise financeira. Tanto que o elenco campeão brasileiro em 2015 foi praticamente desfeito para sanar as contas do clube. O Presidente Roberto de Andrade afirmou por diversas vezes que não quer ver mais o Timão devendo salários e tem de respeitar a Lei Profut, que em caso de pagamentos atrasados, um time pode até cair de divisão.
Mas um fato nesta crise chama a atenção. Por que o Corinthians não utiliza a base? Elias foi vendido ao Sporting por vontade do jogador. Mas Maycon e Marciel, dois jovens promissores estão emprestados, para a Ponte Preta e Cruzeiro, respectivamente. O caso do segundo é ainda mais grave, já que Willians, jogador que veio a pedido de Tite em contrapartida a perda do volante, mal jogou com a camisa corintiana. Já Maycon, arrancou elogios do técnico da Macaca, Eduardo Baptista, além de ser o dono da camisa 10 do time.
Outro exemplo é Léo Príncipe. A direção do clube foi atrás de laterias-direitos para a reserva de Fagner, por conta do time ter cedido Edílson ao Grêmio. Mas o prata da casa só teve chances porque nenhum jogador com qualidade foi encontrado. Resultado? Nas partidas em que entrou, Léo foi muito bem. Contra o Fluminense, pela copa do Brasil, o ala substituiu Fagner, que está na Seleção Brasileira, e deu uma bela assistência para Rodriguinho empatar a partida, sendo um dos melhores em campo pelo lado alvinegro.
A base do Corinthians sempre rendeu bons frutos. No entanto, a direção nunca olhou como deveria para ela. Sempre preferiu contratar jogadores prontos, investir e gastar mais dinheiro, do que dar chances a quem já estava ali e, por vezes, seria até melhor do que alguns atletas contratados por milhões.
A crise financeira em que o Timão se encontra, precisa ter atenção total e concordo com Andrade quando ele diz que a saúde das contas do clube são prioridade para um futuro mais tranquilo. Mas, a base é um dos caminhos para se ter bons atletas e gastar menos. O “Terrão” tem de ser usado e olhado!