Após o segundo empate consecutivo jogando em Itaquera pelo Brasileirão, muitos corintianos passaram a questionar o trabalho de Cristóvão Borges a frente do time alvinegro. Dúvidas em relação as opções feitas pelo treinador, tanto na parte tática quanto na preferência na escolha por alguns jogadores.
Na partida contra o São Paulo, as mexidas feitas pelo técnico corintiano desmontaram a equipe e quase levou o Tricolor a primeira vitória jogando em Itaquera. As alterações vieram em um momento em que o Corinthians era pouco superior ao adversário, no entanto, a entrada de Elias e a permanência de Danilo em campo, mesmo Cristóvão tendo explicado que a preferência era manter o peso defensivo, não convenceram a imprensa e muito menos os torcedores.
Ontem (23), contra o Figueirense, novamente, o treinador fez alterações criticadas. Elias mostrou mais ritmo do que na semana passada, porém, Borges tirou Giovanni Augusto – o melhor da equipe até então – para colocar Danilo, que apesar de a torcida idolatrá-lo, mostra que não tem mais condições de ser o armador principal da equipe. O camisa 20 fez o gol de empate, mas o meio-campo alvinegro ficou totalmente perdido.
Contudo, a desorganização tática apresentada pelo Corinthians na partida contra o Figueirense parte mais de falhas individuais – e que devem ser corrigidas e cobradas por Cristóvão – do que propriamente do treinador. Balbuena, que é bom zagueiro, falhou ao recuar mal uma bola para o goleiro Cássio e que quase levou a equipe catarinense ao primeiro gol ainda na etapa inicial. No segundo tempo, mais dois erros de passe foram cruciais para a desorganização da equipe. Marquinhos Gabriel, ainda no campo de defesa, perdeu a bola para Dodô, que com muita felicidade, fez um golaço. Depois, após mais uma desatenção da equipe, o arqueiro alvinegro foi obrigado a sair da área e fazer a falta. Deveria ter sido expulso por ser o último homem e por aquela ser uma clara situação de gol.
Apesar de muitos contestarem o trabalho Cristóvão – mesmo Tite tinha suas falhas -, o Corinthians encontra-se numa fase de transição e é totalmente normal ter essas oscilações. O próprio Adenor chegou ao Timão extremamente contestado e criticado pelos corintianos no começo. Mas, atualmente, o maior problema da equipe paulista está na falta de atenção e precisão de seus jogadores, que cometem erros infantis e que desmontam qualquer sistema.
Borges mal tem 10 jogos sob o comando do time de Parque São Jorge. É muito pouco tempo para avaliar um trabalho. É preciso dar mais tempo tanto para uma filosofia ser implantada, bem como para os jogadores se acostumarem ao novo sistema, bem como ser formada uma equipe, o que leva tempo. Paciência, é o que a torcida corintiana precisa ter.
