Há um mês a Prefeitura de Ribeirão Pires reinaugurava a primeira pista de Skate da cidade. O local que passou por reformas e adequações teve o projeto gráfico desenhado pelos próprios skatistas de Ribeirão; Leandro Torres um dos participantes do projeto, no entanto, lamenta a situação em que se encontra a pista pouco tempo depois.
“É bom deixar claro que o erro não está no projeto, e sim na execução. Nós, (praticantes) acompanhamos a execução das obras, comentávamos o que achávamos que devia ser feito e etc., mas a Prefeitura sempre dizia que faria. Para você ter uma ideia, o acabamento não foi feito para uma pista de skate, foi feito para qualquer outra coisa, menos para isso.”
– Disse Leandro.
Ele ainda lamentou que o projeto tenha sido usado como manobra política, ao invés de servir à quem realmente importa.
“Nem o prefeito está trazendo o filho dele aqui, como antes.”
– Enfatizou o skatista que lamenta:
“Entregaram apenas 60% do prometido.”
Recentemente a Confederação Brasileira de Skate (CBS) publicou em site oficial, uma matéria comentando a má qualidade na construção e reformas das pistas de skates espalhadas pelo país. Citando algumas Skate Parks (locais para prática) da cidade de São Paulo, por exemplo, que movimentaram centenas de milhares de reais.
“Todos os anos centenas de pistas de Skate são construídas no Brasil e apesar da boa vontade da gestão pública, 90% delas viram monumentos ao desperdício da verba pública.”
– Diz o texto que, continua exemplificando, por exemplo, que muitas empresas participantes das licitações para a construção/reforma das pistas não são especializadas no assunto e muitas vezes estão interessadas somente no valor licitado.
“Em geral a resposta é simples. Boa parte das pistas de Skate não tem como ser utilizada por colocar a integridade física dos skatistas em risco, a maioria crianças e pré-adolescentes principiantes.”
– Enfatiza o artigo. Procuramos a Prefeitura de Ribeirão Pires para questionar sobre o assunto, mas fomos ignorados pelo Paço.