Várias pessoas quando saem do trabalho ou chegam da faculdade, passam pela feira de quinta para fazer compras ou para comer o tradicional pastel e também o tempurá, iguaria japonesa que já virou cultural em Ribeirão Pires. Entretanto, tudo isso está ameaçado, já que o local de funcionamento da feira, onde ficava a antiga rodoviária da cidade, foi leiloado pela Prefeitura e os comerciantes não sabem para onde ir.
“Se tirar a gente daqui do Centro para outro lugar, vai cair muito o movimento. Dependendo do lugar em que formos deslocados, muitos feirantes podem acabar desistindo da feira. A despesa pode acabar sendo mais que o lucro. Se sairmos daqui, muita gente vai balançar”
– Disse um comerciante que trabalha na feira há 15 anos
Comparando o atual com o antigo local, o Complexo do Ayrton Senna, o feirante diz que as vendas são muito superiores atualmente.
“Aqui eu já cheguei a vender 2400 caixinhas de morangos, quando aqui ainda era coberto. De lá pra cá, já caiu bastante o movimento da feira.”
– Explicou.
Para um dos organizadores da feira, a mudança de local afetaria também os consumidores. “Os nossos clientes acabam ficando sem localização. Para eles, a feira é prática tanto para eles virem comer e depois fazerem compras. Dependendo de onde formos deslocados, muitas pessoas vão perder essa opção”, declarou.
Questionada, a Itamarati Terraplanagem, nova proprietária do terreno, afirmou não ter conhecimento de que uma feira livre acontece no local.
“No edital do leilão não tem nada disso. Preciso saber se lá que acontece uma feira. Vamos entrar em contato com a Prefeitura para saber se constava no documento que no local acontece a feira livre para termos uma posição.”
– Disse José Márcio, gerente administrativo da empresa.
A Prefeitura informou que no documento do edital não constava a informação que uma feira acontecia no local por conta da mesma acontecer de maneira informal e que estuda um novo lugar para os feirantes.
