Retirado da pauta da Câmara há mais de um mês, o projeto de lei que visa construir um Shopping Center no Complexo Ibrahim Alves de Lima voltou a pauta esta semana. A proposta, que prevê também a construção de uma creche para 500 crianças, entrou em caráter de urgência, porém, foi adiada a pedido dos vereadores.
Vários Parlamentares se mostraram contrários ao novo projeto, inclusive os que eram favoráveis ao antigo. Líder do Governo na Câmara, Hércules Giarola (PMDB), reprovou a atual proposta.
“O projeto ainda prevê a concessão de maneira gratuita, o que é proibido por lei. Caso seja uma concessão onerosa, pode ser aprovado”.
– Explicou.
Outros Legisladores, que outrora eram favoráveis, disseram que a construção do Shopping vai contra os interesses da população.
Apoiado por vários populares, Renato Foresto (PT) pediu para que o projeto fosse votado na sessão de terça-feira (31).
“Desde janeiro este projeto está tramitando na casa, agora com um número diferente. Mais de sete vereadores já se colocaram contra o projeto, que para ser aprovado precisa de maioria absoluta. Peço que a Casa coloque a proposta em votação para acabarmos com isso de uma vez por todas”
– Pediu.
Porém, o projeto foi encaminhado à Comissão de Justiça e Redação, composta pelos Vereadores Flávio Gomes (PPS), Banha (PTB) e Silvino de Castro (PRB), para ser analisado, e não foi votado.
Outro Parlamentar que questionou a construção de um centro de compras, foi Eduardo Nogueira (SD). “
O projeto do Shopping é um sonho do Prefeito, não tem como aprovar essa lei. O Complexo é uma área de utilização pública, tem a biblioteca e uma escola municipal, não podemos tirar essas coisas de lá para atender a iniciativa privada. Se uma empresa quer construir um empreendimento deste porte em Ribeirão Pires, por que não compra o terreno que tem ao lado que o proprietário já colocou à venda?”,
– Questionou.
Em Fevereiro, a Casa de Leis convocou uma Audiência Pública para o Executivo e órgãos que protegem o patrimônio histórico, como o “Condephaat”, explicaram a importância do Shopping para a cidade, bem como a necessidade de uma estância turística manter os monumentos históricos.
Durante a sessão pública, vários populares se manifestaram contra o projeto. Os munícipes que compareceram à Câmara pediram que a área voltasse a ser utilizada para atividades culturais. A Fábrica de Sal era utilizada para difundir a cultura na cidade, entretanto, desde o final da última gestão o local não recebe os devidos cuidados de manutenção.