Muitas vezes usei esse espaço para criticar ações do executivo municipal. No entanto, na última semana fiquei sabendo de uma notícia que eu não poderia deixar de comentar. Como sempre afirmei, minha intenção é ser totalmente coerente e não apenas criticar sem motivos.
Na última quinta-feira fiquei sabendo que o Prefeito Saulo Benevides (PMDB) autorizou a criação do Conselho LGBT na cidade. O grupo, que deverá ser formado por membros da Sociedade Civil, deverá criar ações para dar voz aos homossexuais da cidade, para criar estratégias de combate à violência, entre outras.
Além disso, também já está em fase de aprovação pelo chefe do executivo, a criação do Centro de Referência às Minorias. No local haverá profissionais de diversas áreas para ajudar e aconselhar Negros, Gays, Mulheres, Nordestinos, e diversas outras vítimas de ações discriminatórias. O local terá advogados, psicólogos entre outros profissionais, o que agilizará – e muito – o atendimento dessas pessoas.
Mesmo tendo pensamentos diferentes sobre o assunto, o Prefeito sabe que deve governar para todos, não apenas para um grupo A ou B. Precisamos sair da bola de plástico em que vivemos e aceitar que, todos os dias, diversas pessoas são agredidas e mortas apenas por serem diferentes, seja na cor da pele, na orientação sexual ou até por conta da região em que nasceu.
De acordo com um relatório divulgado na última segunda-feira, 16, pelo Grupo Gay da Bahia, pelo menos 260 homossexuais foram assassinados no ano passado. Um aumento de 31%, comparado ao ano de 2014.
Independentemente de ser escolha, ou de se nasceram assim, ninguém deve apanhar ou simplesmente morrer por ser homossexual. É o mesmo discurso de ódio que já foi descaradamente usado contra negros no passado. É preciso criar leis rígidas, que não torne ninguém superior, mas que puna aqueles que agridem em nome do preconceito, como já foi feito com a Lei contra o racismo e a Lei Maria da Penha.