O ano de 2016 trouxe consigo, não somente as disputas pelas cadeiras de vereadores e prefeito, mas também fez aflorar o sangue dos vereadores de Rio Grande da Serra que, em sessão bastante atípica realizada na manhã desta quarta-feira (11), permitiram que ideologias partidárias falassem mais alto que a razão.
O suplente peessedebista Claudio Monteiro, que assume por tempo indeterminado a vaga do vereador Valdemar Pirillo, do mesmo partido, começou seus discursos em defesa do Prefeito Gabriel Maranhão e foi assim por toda a sessão, em todas as falas e em todas as pautas. Não foi diferente do petista Benedito Araújo que sempre que podia, atacava a gestão Maranhão acusando o Governo de omissão e descaso.
A Casa teve vários importantes documentos à serem discutidos, como, por exemplo, o documento do vereador do PMB, Cleson Alves, que questionou a falta de auxiliares no setor de transportes da Saúde local.
“Precisamos de material humano para tratar de forma humanizada nossos cidadãos. Temos que ver a possibilidade de contratar funcionários para suprir a necessidade de nossa cidade”
– Comentou Cleson Alves.
A posição do vereador foi rebatida imediatamente por Sílvio Menezes, que declarou sobre a contratação de três funcionários encarregados ao setor.
A Saúde foi um dos temas mais discutidos durante a sessão, principalmente quando o vereador João Mineiro (PTB) apontou falhas no atendimento do SAMU à cidade de Rio Grande da Serra.
“Não podemos ficar à mercê de Mauá (onde fica a base da SAMU); o cidadão de nossa Rio Grande precisa ser atendido com urgência, ou você acha que eles deixarão de atender alguém lá para vir atender aqui?”
– Questionou Mineiro.
A vereadora Ângela Nunes disse ter visitado a base do SAMU em Mauá e verificou que todas as ambulâncias estão funcionando.
“Então por que não temos um atendimento melhor?”, indagou a vereadora. O edil Cleson Alves, disse que “certo mesmo, seria se tivéssemos uma base em nossa cidade. Precisamos deixar de depender das (cidades) vizinhas e atender nossos munícipes com nossa própria base.”
Mas o atípico dia da Câmara, em que os vereadores da base aliada não se entendiam a até mesmo concordavam com os questionamentos da oposição, não teve fim neste episódio. A vereadora Ângela apresentou um pedido visando um estudo para a viabilidade da instalação de um restaurante Bom Prato na cidade.
“Nem todo mundo tem dez ou doze reais para pagar em uma marmita todos os dias.”
– Defendeu a vereadora que foi questionada pelos vereadores Israel e Merisvaldo quanto à aceitação financeira do comércio local.
“Nosso comércio não é forte suficiente para disputar com um restaurante como este. Precisamos mesmo achar uma maneira de fomentar o nosso comércio.”
– Disse Merisvaldo, que votou contrário ao projeto, bem como votou contrário o vereador Israel.
No mais, os vereadores outra vez discutiram políticas partidárias ao final da sessão, que começou bastante cheia e, para a surpresa de alguns vereadores, permaneceu do mesmo modo mesmo terminando próximo das 14h. Os próximos trabalhos da Casa de Leis acontece na quarta-feira às 10h.