Na sessão da Câmara dos Vereadores, que aconteceu na segunda-feira (18), alguns Legisladores pressionaram o Presidente da Casa, José Nelson (PMDB), para instaurar a CPI, que vai averiguar as denúncias e reclamações de moradores sobre a saúde da cidade.
A comissão para investigar possíveis irregularidades, foi aprovada por todos os Parlamentares em setembro de 2015. Mas após 7 meses, o inquérito não foi instaurado e o grupo de Vereadores que investigaria as possíveis irregularidades também não foi escolhido por Zé Nelson. O argumento do representante da Casa de Leis é de que nunca, na história da cidade, foi instaurada uma CPI.
O Vereador Gabriel Roncon (PTB) foi o primeiro a contestar o Presidente da Câmara sobre a a instauração da comissão de inquérito. “Peço licença ao Presidente, já que em entrevista a um jornal da cidade, o senhor disse que ficou impressionado por eu ser pré-candidato e não ter aparecido na sessão extraordinária. Como você cuidou do meu mandato, agora faço o mesmo. Peço que o senhor instaure a CPI da saúde”, criticou.
O Parlamentar foi além das críticas e informou aos colegas que tomará atitudes até que a investigação comece ocorrer. “Eu vou me retirar de todas as assembleias até que o inquérito seja instaurado”, informou Gabriel. Zé Nelson tentou contornar a situação e afirmou que o Legislador estava no direito dele de se ausentar em sessões futuras, mas que questionaria o Jurídico.
Renato Foresto (PT), autor do requerimento que pede a CPI, fez alusão a Eduardo Cunha quando falou sobre as manobras feitas por Zé Nelson, e ainda afirmou ao Chefe do Legislativo que não há caráter político na CPI. “Mesmo o senhor achando o contrário, quando eu fiz o requerimento, eu não era pré-candidato. Eu tenho de atender aos interesses da população”, disse.
José Nelson, emitiu um ofício explicando os motivos da demora para investigar as denúncias da saúde. No documento, ele informou que não há um prazo legal para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito e que a Mesa Diretora é quem deve propor as investigações.
Foresto já levou o caso ao Ministério Público e disse que vai anexar as respostas dadas pelo Chefe da Câmara Municipal ao processo. Ele ainda informou que, se necessário, vai levar o caso à Corregedoria do MP.