Base do Governo tenta provar que ex-diretor da Câmara agiu ilegalmente

Foto: Ygor Andrade/DiárioRP
Foto: Ygor Andrade/DiárioRP

Parece que a palavra ‘decoro’ não tem significado muito para os vereadores de Rio Grande da Serra, que mais uma vez, se deixaram levar pelo sangue quente e até mesmo se desafiaram para uma briga. Os fatos lamentáveis presenciados por aproximadamente 30 pessoas foram causados
devido a mais um pedido de abertura de CEI (Comissão Especial de Investigação), mas que desta vez foi direcionada ao ex-diretor da Casa de Leis, José Carlos Pereira dos Anjos, que está sendo acusado pela base governista de ter usado as dependências da Câmara Municipal para atuar em benefício próprio e do Vereador Edvaldo Guerra, à quem presta assessoria desde que se desligou do cargo, visando disputar uma cadeira como Parlamentar na cidade.

O Parlamentar e pré-candidato à prefeito de Rio Grande, Edvaldo Guerra do PMDB, disse que a abertura desta CEI é única e exclusivamente para atingir seu mandato e seus planos em disputar a prefeitura em outubro.

“Estes vereadores me causam estranheza em seus atos, porque antes dele (José Carlos) sair os vereadores não tinham nada que desabonasse a conduta do meu assessor, agora que ele ameaça a cadeira de alguns, eles encontram algo para tentar detê-lo? Muito estranho isso”,

– Disse.

O Legislador, em tribuna, chamou o Democrata, Claurício Bento de hipócrita alegando que o mesmo tem uma esposa funcionária fantasma na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, lotada no gabinete do Deputado Estavam Galvão, do mesmo partido.

“O vereador Bibinho teve suas duas filhas aprovada em primeiro e segundo lugares em concurso público da cidade. Muita coincidência, não é vereador?”,

– Questionou Guerra.

Claurício Bento ao tomar posse da palavra exibiu áudio do ex-diretor José Carlos, que fora enviado para alguma advogada, perguntando quais as possibilidades da base opositora anular a tentativa da instalação da “Lei da Mordaça” na casa, falando a respeito do projeto que altera a resolução interna a respeito do número de assinaturas necessárias para leitura de documentos nas sessões, que passaria de três para cinco, impedindo que alguns documentos da oposição sejam lidos nos trabalhos. No entanto, ao final do áudio, o ex-diretor menciona uma espécie de permuta com a tal advogada, oferecendo uma “matérinha’ em um jornal”, como se fosse uma espécie de pagamento pelos serviços.

“Temos que apurar isso e outras coisas mais, por que se ele fez isso enquanto era diretor, ele cometeu um ato de tremenda irresponsabilidade e ilegalidade. Existem indícios que ele estava usando o patrimônio desta Casa de Leis para preenchimento de fichas de filiação ao partido, ligações e muitas outras irregularidades.”

– Afirmou Bento que pouco antes havia entrado em calorosa discussão com o vereador Guerra em que ambos se desafiavam “para a briga”.

“O Guerra fala da minha esposa, mas esquece que a esposa dele está em Ribeirão Pires ganhando uma fortuna. Ele tirou ela daqui, mas ela agora tá lá em Ribeirão. O vereador deveria olhar para o próprio umbigo antes de falar dos outros. Agora, se ele tem tanta certeza assim, ele que prove. Cabe a quem acusa, provar.”

– Rebateu Claurício

Em tempo, os Parlamentares discutiram por mais de vinte minutos, mas a CEI foi rejeitada por  não ter maioria legal. Foram oito votos à favor e cinco contrários. Ao final da sessão o vereador Claurício convidou os políticos da base do governista para se reunirem hoje, 7 de abril, na parte da tarde a fim de juntarem todas as provas e encaminharem ao Ministério Público para que faça as investigações. Já Guerra disse que pode provar as acusações contra a esposa de Claurício, mas que aguardará o momento oportuno.

A próxima sessão está marcada para a próxima quarta-feira (13), às 17h, na Câmara Municipal de Rio Grande da Serra.