Funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Luzia estão, mais uma vez, com os salários atrasados. De acordo com pessoas ouvidas pelo Diário de Ribeirão Pires, a situação já persiste por cerca de um mês.
Esta não é a primeira vez que os profissionais da saúde passam por uma situação como esta. Em Janeiro de 2015 o DiárioRP denunciou que funcionários da unidade estavam há mais de 20 dias sem receber salário e, caso reclamassem, eram ameaçados por funcionários do alto escalão da Prefeitura.
Dessa vez, a situação chega a ser ainda pior. Muitas pessoas não estão indo para o trabalho por não ter dinheiro para pagar o transporte público, já que também não receberam o dinheiro do transporte.
“É um absurdo passamos Páscoa, Dia das Mães e várias datas comemorativas sem receber e não podemos presentear ninguém. Não é um caso que acontece às vezes, isso é frequente.”
Denunciou uma pessoa, que pediu para não ser identificada.
No último sábado (26), em forma de protesto , funcionários que faziam o plantão noturno lacraram a unidade.
“Não tínhamos equipamento para trabalhar, nem medicamento, nem efetivo, já que as pessoas não tão indo trabalhar, pois nem a passagem eles pagam, então decidimos fechar tudo.”
Informou outro funcionário.
A Unidade de Pronto Atendimento é administrada pela Santa Casa de Ribeirão Pires, que recebe repasses da Prefeitura para arcar com os custos do local e funcionários. Ao todo, são gastos cerca de R$ 60 milhões em repasses feitos pela Prefeitura de Ribeirão Pires para gerir a saúde da cidade.
Por meio de nota, o Paço afirmou que desconhece a situação, mas que vai apurar e, caso constate qualquer irregularidade, vai tomar as medidas cabíveis para a normalização. Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com a Santa Casa.
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