A CBF vive a maior crise da história. Com três ex-presidentes envolvidos em escândalos de corrupção, José Maria Marin preso em Nova York e Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira sendo indiciados pela justiça dos Estados Unidos por, supostamente, estarem envolvidos em esquema de propinas e subornos. A Sadia e a P&G por conta destas denúncias deixaram de patrocinar a entidade máxima do futebol brasileiro.
Os clubes demonstram o mesmo desgaste dos patrocinadores da CBF. A Confederação Brasileira e as Federações futebolísticas não existem sem os times, que são os verdadeiros donos do poder do esporte no Brasil e são eles quem deveriam comandá-lo.
O primeiro sinal de uma possível tomada de poder foi a criação da Primeira Liga, após Flamengo e Fluminense terem se rebelado contra a Federação Carioca por conta do valor que os clubes recebem para jogar o Campeonato Carioca. A entidade máxima do futebol tentou de todas as maneiras barrar o acontecimento do torneio, porém, os clubes mantiveram a posição e colocaram as equipes em campo para primeira rodada. Curiosamente, um dia depois, a CBF soltou uma nota dizendo que autorizava a realização do torneio. Um ato desesperado para não criar uma indisposição com os times que ameaçavam boicotar o Campeonato Brasileiro.
A Primeira Liga tem muitos problemas, o nome é um deles. Claramente baseado na Premier League, a liga inglesa de futebol, uma nomenclatura que não é sonora e muito menos atrativa. Ainda falta muito para o futebol brasileiro voltar a ter campeonatos atrativos. Mas o pontapé inicial foi dado.