A antiga casa de Herbert Richers, patrimônio histórico de Ribeirão Pires, está habitada por posseiros, que aproveitaram do abandono da propriedade para usar como residência.
Em abril, a prefeitura deu entrada no processo para tombamento histórico na propriedade, que já foi cenário para diversos filmes dirigidos por Herbert, como Família Trapo, entre outros.
Até agora, o processo ainda não foi finalizado e, segundo a prefeitura da cidade, deve ter previsão de conclusão em novembro deste ano. Ainda segundo o governo municipal, a Lojas Cem, atual proprietária do terreno, recorreu da decisão e, cabe agora, ao prefeito decidir pelo tombamento ou não da propriedade.
Em nota, a assessoria de imprensa do governo municipal, afirmou que, por se tratar de área particular, não pode intervir na possível invasão, mas que a GCM (Guarda Civil Municipal) realiza rondas diárias para coibir qualquer tipo de atitude suspeita.
Venda de Terras
Na última segunda-feira, o posseiro que reside na casa histórica, e é funcionário da Prefeitura, Orlando José da Silva, foi agredido por uma senhora, que se considera vítima de estelionato por conta de uma venda irregular de uma propriedade.
A mulher, que não foi localizada por nossa equipe, teria comprado um terreno com o posseiro, mas posteriormente descobriu que o terreno, no Soma, estava irregular.
Em entrevista ao DiárioRP, Orlando confirmou a acusação, mas disse que apenas foi uma ponte entre uma antiga imobiliária e a senhora. Afirmou também que combinou com a mulher que o seu salário irá diretamente para ela, para pagar a dívida: “agora eu dou meus pulos para sobreviver”.
Questionado sobre a ilegalidade de estar vivendo na casa tombada, o homem respondeu que foi autorizado por pessoas da prefeitura: “O Koiti, o Copina e o Crispim que deixou (sic)”.