A segurança de professores e alunos da E.M. Professor Valberto Fusari pode estar em risco. Conforme adiantamos no Facebook, outros dois casos de violência aconteceram dentro da creche em dias seguidos. Esta já seria a terceira vez em menos de um mês.
Na quinta-feira passada, 7, duas professoras se desentenderam ao ponto de se agredirem fisicamente. Mesmo o local estando cheio de crianças (menores de três anos), isso não teria impedido as profissionais de agirem com violência uma contra a outra.
Um outro caso aconteceu na sexta-feira, 8. A mãe de um aluno atacou verbalmente uma professora, porque seu filho começou a chorar. A professora só não chegou a ser agredida fisicamente porque uma colega interviu e segurou a mãe da criança. Um boletim de ocorrência foi lavrado pela professora.
Para os funcionários da creche, que pediram para não serem identificados por medo de sofrerem represálias, o que mais os revolta é o fato de a direção nunca estar presente quando esses casos acontecem.
Funcionários e professores ainda alegam que estariam sendo coagidos pela diretora da creche. Eles afirmam que as ameaças são frequentes, inclusive de exoneração.
A Secretaria de Educação nega a ocorrência das agressões:
“Não houve agressões. Somente na quinta-feira, ao final do período escolar, houve desentendimento verbal entre uma mãe e uma professora, porém, houve intervenção da direção e o fato foi esclarecido entre as partes”.
Assegurou também que tomará providências: caso apareçam novos casos, abrirá processo administrativo para apuração, assim como foi garantido no caso da professora agredida no mês passado.
Direito de ir e vir e liberdade de imprensa
Ontem, 11, o Diário de Ribeirão Pires, por meio de sua reportagem, esteve presente na creche para tentar conversar com a direção e apurar as informações do caso. Funcionários da instituição fecharam os portões e não permitiram que profissional de imprensa entrasse no espaço público. Tentando conversar com os funcionários, a orientação da direção teria sido para ignorar a reportagem.
Mesmo tentando indagar sobre o direito de todo cidadão de entrar e sair de espaços públicos durante seu horário de funcionamento, a direção recusou-se a autorizar a entrada da reportagem do Diário. O assunto foi encaminhado ao nosso departamento jurídico para que as providências sejam tomadas.
Considerando a essencialidade do direito de ir e vir, sem o qual não é possível apurar os fatos, e também a importância da liberdade de imprensa, para que você, leitor, possa conhecer a verdade, o Diário de Ribeirão Pires repudia a atitude tomada pela Prefeitura, através de seus subordinados.
Uma carta narrando a afronta aos direitos de ir e vir e de acesso à informação foi encaminhada a diversos órgãos fiscalizadores, incluindo a Federação Nacional dos Jornalistas e a Câmara Municipal, para que possam apurar se houve algum excesso por parte das funcionárias públicas municipais.
Veja a carta na íntegra clicando aqui.