Por Rafael Ventura.
O clima esquentou na sessão da última quarta-feira, 25, na Câmara. Os vereadores da cidade estavam com os ânimos exaltados; foram diversas discussões e acusações por parte dos legisladores.
Em um primeiro momento, os vereadores estavam prestes a aprovar, por unanimidade, um ofício de repúdio que seria encaminhado aos secretários das pastas municipais por não comparecerem a eventos realizados no Município pela própria Prefeitura.
O ápice desse descontentamento foi o Festival Gastronômico, que ocorreu no último final de semana, e o desfile de aniversário da cidade. Em ambos os eventos, não houve grande participação por parte do secretariado.
A vereadora Cléo Meira (PTN) aproveitou a oportunidade para tecer críticas ao Secretário de Cultura, Cassiano Filho, que, segundo ela, além de não comparecer aos eventos realizados pela própria secretaria que administra, não tem atendido os vereadores, nem por telefone:
“É um secretário que não atende as pessoas. Um secretário Pinóquio, não passa de um Pinóquio pra mim. Nós o colocamos e ele vira as costas pra gente. Tá pensando que vereador é o quê?”.
A votação do ofício, porém, foi cancelada, e o ofício retirado pelo Presidente da Câmara, José Nelson (PSD), quando chegou a informação de que o Secretário havia se ausentado das festividades por conta de um falecimento na família.
Um segundo momento de tensão foi durante a votação de um projeto de remanejamento de verbas da Secretaria de Infraestrutura. No momento da votação, o vereador Edson Savieto, o Banha (PDT), não se encontrava no Plenário, pois atendia uma munícipe. A regra, porém, obriga que todos os vereadores estejam presentes em Plenário em momentos de votação de projetos.
Questionada pelo vereador Renato Foresto (PT), de onde estaria Banha, a Mesa Presidente da Câmara chamou a atenção do pedetista, que não gostou nada da atitude:
“Você é um palhaço, quer aparecer? Tava conversando uma coisa séria. Sempre fica um monte de vereador sentado lá e ninguém chama a atenção”.
– indignou-se Savieto.
O ponto mais tenso da sessão foi quando o vereador Hercules fez um elogio a Foresto, afirmando que ele é um ótimo vereador, mas que seu partido não o merece. Ao responder, Foresto foi interrompido pela petenista Cléo Meira, que, aos berros, disse que não queria ouvir histórias de partidos.
Os microfones chegaram a ser cortados e, para ser ouvido pelo público presente, foi necessário que o petista gritasse, momento em que defendeu seu partido.
Veja trecho da discussão final entre Cleo Meira e Renato Foresto:
