Fuga para a vitória: Um filme que mistura futebol, história e curiosidades

Não é apenas um filme de Hollywood, é um fato histórico, “Fuga para a vitória” nos transporta diretamente para a segunda guerra mundial, com roteiro de Evan Jones,a história se passa em um campo de prisioneiros de guerra, o jogador de futebol profissional John Colby (Caine) recebe um convite dos soldados nazistas, que era montar uma equipe com companheiros presos para enfrentar o time nazista em uma partida. Colby reluta a aceitar de início, mas vê uma boa oportunidade de conseguir mais alimentos e condições melhores de vida para ele e seus parceiros, que por sua vez, enxergam uma ótima oportunidade de escapar do campo.  Com isso, se juntam ao time o falastrão Robert Hatch (Stallone) e o talentoso Luis (Pelé), formando uma equipe que teria tudo para vencer os nazistas, isso, claro, se a arbitragem e eventos extracampo não atrapalhassem.

Para nós, brasileiros, um dos principais chamarizes para conferir Fuga para a Vitória é a performance de Pelé como um prisioneiro vindo de Trinidad e Tobago. Além de atuar, o ex-jogador montou as jogadas que são apresentadas no filme e até aparece fazendo sua clássica bicicleta. Ele é o principal dos 18 jogadores de futebol que foram escalados para o filme. Sua participação é destacada, ainda que o inglês macarrônico atrapalhe em certos momentos.

 

Sylvester Stallone é o verdadeiro astro do longa-metragem e vive um goleiro pouco talentoso. Criticando o futebol de início, por não entender direito como funciona o esporte, Hatch logo se vê debaixo do travessão, tendo de defender os chutes potentes de Pelé e Cia. Na vida real, o ator chegou a quebrar um dedo tentando parar um dos chutes do craque brasileiro. Também reza a lenda que Stallone exigia fazer o gol da vitória no filme, até que foi dissuadido da ideia quando o lembraram que um goleiro dificilmente teria este tipo de destaque. A saída dos roteiristas para este impasse funciona bem, preservando o ego de Stallone intacto e dando bastante importância a Pelé que é o astro do time.

Do lado dos nazistas, mas admirando de alguma forma o outro, os personagens dos veteranos atores têm o arco mais interessante. Enquanto John Colby se divide entre a vontade de fugir e a necessidade de jogar, o major alemão vivido pelo sueco Sydow mostra um lado mais humano. Não se importa em bater palmas quando seus adversários fazem uma jogada espetacular, o que gera olhares de ira para o seu lado. O próprio Colby também é recebido com reprimendas pelos seus companheiros ao se associar de alguma forma com o inimigo, ao aceitar o jogo de exibição. Uma óbvia propaganda nazista, o jogo serviria para mostrar o poderio alemão.

A moral de Fuga para a Vitória é a grande mistura dos característicos momentos dos filmes esportivos, desde a superação, o gol que quase sai, as faltas que retiram jogadores do campo, com os clássicos códigos do cinema de guerra, que são o heroísmo, a glória, a amizade e o orgulho.

Veja um trecho do filme “Fuga para vitória”: