Conselho decide acionar professora na Justiça

Na última sessão ordinária do ano de 2017, realizada na quinta-feira (29), Bárbara de Souza Machado se tornou uma das personagens principais após realizar falas homofóbicas, segundo o Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual (COMADS).

A professora foi chamada pelo vereador Silvino de Castro (PRB) para falar sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Porém, além de não estar inscrita em Tribuna Livre, a educadora, segundo vereadores e presentes, “passou dos limites” em suas falas, após começar a dar suas opiniões sobre a Ideologia de Gênero.

Bárbara disse que, com tantas informações desconstruídas, daqui a pouco, as pessoas irão achar normal ter relações sexuais com cadáveres, crianças, bebês, entre outros. Chegando a causar irritação no parlamentar Edson Savietto, o Banha (PPS), e outros presentes. “Isso foi uma das coisas mais absurdas que eu já vi acontecer na Câmara dessa cidade. Você está levando ódio para a sociedade e ainda chamando os homossexuais de pedófilos, necrófilos, zoófilos, isso é um absurdo”, disse o vereador.

Após a desaprovação na Câmara Municipal e ser interrompida pelo Presidente da casa, Rubens Fernandes (PSD), a mulher convocou os presentes para um debate mais profundo sobre o assunto. Visto isso, o COMADS, em reunião mensal realizada na última segunda-feira (04), decidiu entrar com um processo criminal contra Bárbara, alegando incitação ao ódio e homofobia.

Segundo o conselho, atitudes como a de Bárbara não podem ficar impunes: “O COMADS repudia este tipo de atitude. É extremamente triste ver que esse tipo de pessoa, ainda tenha o espaço para disseminar ódio e a discriminação. Para mim, uma pessoa como essa é desequilibrada, não existe outra explicação para odiar tanto alguém que você nem conhece, apenas por ser ou pensar diferente de você.”, lamentou o presidente Rafael Ventura.