Audiência Pública gera tumulto em Rio Grande da Serra

Na última quarta-feira (29) ocorreu em Rio Grande da Serra uma audiência pública sobre o caso da Pedreira, onde o Prefeito da cidade, Gabriel Maranhão (PSDB), quer expandir o Parque Linear, o que obrigaria a retirada de alguns moradores do bairro para a construção.

A Sessão teve início às 18 horas na câmara dos vereadores, que estava lotada por moradores da região e simpatizantes da causa. Os presentes levaram narizes de palhaço e faixas em protesto contra a demolição das residências de 7 famílias, previamente avisadas pela Prefeitura de Rio Grande da Serra.

Bancada da câmara com o Amanda Queijo (Representante da Pedreira), Vereador Claurício, Sandra (Secretária de Obras) e Carlos Eduardo (Secretário de Finanças)

A audiência teve início com as falas de Sandra Malvese, Secretária de obras de Rio Grande da Serra, que explicou que o bairro da Pedreira é dividido em três glebas A, B e C. Segundo a Secretária, a gleba A é uma pequena faixa na Rua José Maria Figueiredo, a gleba B – onde devem acontecer as polêmicas demolições e retiradas de moradores – e a gleba C, que fica na Rua Samambaia e na Avenida José Belo, local que já teve uma casa demolida.

Depois das explicações da secretária, entrou para discursar o Secretário de Finanças, Carlos Eduardo Alves da Silva, que afirmou que todas as famílias da gleba B serão removidas e amparadas por um auxílio-aluguel, no valor de R$450,00, que, segundo ele, será pago até que a família seja contemplada pelo projeto de conjunto habitacional que, de acordo com informações dos próprios moradores, ainda não saiu do papel.

Em um dos momentos, moradores do Bairro da Pedreira ficaram revoltados com as falas do presidente da sessão, Claurício bento (DEM). Segundos pessoas que inseriram questionamentos na lista de perguntas que seriam respondidas pelos representantes do Paço, mas o presidente estaria “distorcendo” algumas questões que haviam sido indagadas. Por causa do grande barulho feito pelos presentes, Claurício chegou a ameaçar encerrar a Audiência Pública.

Ao término, ficou acordado os vereadores farão uma reunião entre representantes da Prefeitura, do legislativo e de moradores da área, e que, para pleitear uma nova solução para as 7 famílias que estão para serem removidas.

Vale lembrar que a CETESB embargou a continuação das obras do Parque Linear, obrigando, segundos informações, o prefeito a prorrogar os prazos de saída para Janeiro de 2018.

O DiárioRP continuará acompanhando o caso.