Qual o futuro da Fábrica de Sal?

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Fábrica de Sal – Foto: DiárioRP

Quem passa pelo complexo Ibrahim Alves atualmente não deve nem saber da história que o local carrega. Talvez a recente intenção da atual Administração de construir um shopping no local tenha despertado a curiosidade de saber a história do antigo prédio de cor laranja.

Construído pelos irmãos Maciotta para abrigar o Molino di Semole Fratelli Maciotta (Moinho de Trigo Irmãos Maciotta), o prédio enriquece a paisagem do Centro Alto de Ribeirão Pires desde 1898.

Da moagem de trigo até a produção de sal, o local teve diversas utilidades. Especula-se que na época da II Guerra Mundial, chegou a produzir até adubo, mas o mal cheiro acabou levando a indústria para Rio Grande da Serra.

A fábrica de sal da família Cotelessa chegou ao município em 1946 – depois de 10 de anos de atividades na capital. A estrutura do antigo moinho era adequada para a indústria. Além disso, existia a proximidade da linha férrea utilizada para distribuição do produto. O sal, oriundo da carioca Cabo Frio, chegava em grandes quantidades, para passar por todo processo até ser peneirado e ensacado para venda. A indústria foi um dos maiores geradores de empregos durante muitos anos para moradores da cidade e região.

Outra curiosidade, pouco abordada, é que a indústria empregou muitas mulheres, responsáveis, principalmente, pelas confecções de sacos de pano usados para embalar o produto.

A antiga fábrica de sal voltou a ser assunto na cidade após a intenção do governo Saulo Benevides (PMDB) de construir um shopping no complexo que abriga o prédio, uma escola e uma biblioteca. O projeto 004/2016 entrou em pauta logo na primeira sessão do ano e dividiu opiniões em todos os setores da sociedade. A votação já foi adiada algumas vezes e o projeto volta a ser discutido na sessão do dia 21 de março, e apenas assim, saberemos qual será o futuro da fábrica de sal.

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Mirante São José – Foto: Divulgação

Mirante São José

Eleito Santo Padroeiro de Ribeirão Pires, São José está retratado em uma imagem de concreto a 801, 4 metros de altitude. O local oferece uma ampla visão de 180º da cidade.

Inaugurada em 15 de maio de 1976, a estátua foi esculpida por Gildo Zampol.
O protótipo criado um ano antes, foi feito em concreto, com seis metros de altura. Gildo Zampol nasceu em Ribeirão Pìres em 21 de maio de 1911, era filho de Fiorello Zampol e Josephina Taglioli Zampol.

Recentemente, Antônio Carlos Zampol, filho e também escultor como o pai Gildo, esteve na cidade para restauração do monumento histórico. A obra é uma das mais prestigiadas do artista ribeirão-pirense que cursou o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.