Tv Diário: Roncon sofre com ataque de animais

Moradores do bairro Roncon, há anos, enfrentam um problema de saúde pública na região. Alguns anos atrás, duas senhoras, que segundo os moradores, aparentam possuir transtornos mentais, ocuparam um terreno da principal via do bairro e, desde então, vêm acumulando objetos e animais.

De acordo com os moradores, os animais são violentos e atacam qualquer um que passe na frente da propriedade.

“Uma vez, eu estava voltando da escola com minha filha de 1 ano e eles vieram nos atacar. Consegui pegar minha filha no colo para proteger ela, mas eles me atacaram e até rasgaram minha calça.”

Disse uma das moradoras, enquanto mostrava as cicatrizes deixadas em suas pernas pelos animais.

“O médico disse que eu preciso fazer caminhada, mas como que vou fazer se até pra passar ali na frente eu preciso pegar ônibus por um quarteirão só para não passar na frente.”

Disse outra senhora.

A equipe do Diário de Ribeirão Pires constatou que seriam cerca de 50 animais vivendo sobre a custódia das suas senhoras, que trabalham recolhendo produtos recicláveis para sobreviver. Ao visitar o local, nossa equipe também constatou que os animais realmente atacam diversas pessoas ou veículos que passam pelo local.

Ao perceber a presença de nossa equipe, moradores começaram a aplaudir festejando, e vinham, aos montes, reclamar da situação, que há anos, ainda não foi resolvida. Para a diretora do Centro e Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires (CCZ), a situação é grave, mas pode não ter o resultado que a população espera.

“É preciso deixar bem claro que não temos como recolher todos aqueles animais. Faremos uma seleção dos animais mais violentos para recolher, mas o CCZ não comportaria todos eles. Já estamos com nossa capacidade máxima.”

Informou.

Procurada, a diretora do CRAS (Centro de Referência e Assistência Social), Margarete Paulino, informou que já conhece o caso e, em parceria com a Vigilância Sanitária, já tentou realizar acordo amigável com as duas senhoras, o que não foi bem sucedido. Ainda em entrevista à nossa equipe, Paulino também informou que apenas com uma ordem judicial poderá intervir no local, o que, segundo ela, já estaria em andamento.