Os vereadores da Câmara Municipal votaram, nesta última quarta-feira (24), pela aprovação do Plano Municipal de Ensino (PME). A sessão que teve grande participação dos munícipes, contou com debates entre os vereadores e representantes de diversos grupos da sociedade.
Uma frase que instituía a promoção de ações educacionais para combater a discriminação contra minorias foi o tema mais polêmico do projeto . À princípio, o presidente da Câmara Municipal, Zé Nelson (PSD), havia dito que ninguém do público poderia se manifestar, o que causou grande tumulto entre os presentes, já que na última semana representantes evangélicos já haviam se manifestado na Tribuna.
Os vereadores Gabriel Roncon (PR), Banha (PDT) e Jorge da Auto Escola (DEM), defenderam a tese de que a participação de representantes dos grupos sociais seria de extrema importância para que os legisladores decidissem seus votos. Roncon chegou a dizer que achava indispensável uma “discussão saudável no plenário”.
Ao ser chamada para se manifestar, a representante do grupo religioso, Bárbara Machado, que era contra a introdução da frase, defendeu que “temas como sexualidade devem ser discutidos em família e não em ambiente escolar”.
Já o representante educacional Wagner Lima, afirmou que “em nenhum momento o plano de ensino usou o termo diversidade sexual, usando apenas ‘diversidade’ ou ‘minorias’ e que o projeto visa apenas incentivar a prática de ações educacionais de combate à intolerância e preconceito contra contra negros, nordestinos, GLBTs, mulheres e até religiosa”.
Após os quatro representantes de grupos, como Apeoesp e Apraespi, se manifestarem favoráveis ao texto, os vereados decidiram manter a frase com a palavra “minorias”. Apenas os vereadores Rubão (PMDB), Diva do Posto (PR), Flávio Gomes (PPS) e Silvino de Castro (PRB), votaram pela retirada.
O projeto integral foi aprovado na sessão com apenas 3 votos contrários, sendo eles dos vereadores Silvino de Castro (PRB), Flávio Gomes (PPS), e Rubão (PMDB).
Ao ser procurada pela equipe do Diário de Ribeirão Pires, Bárbara Machado se recusou a comentar sobre o assunto.